quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

De volta aos Classicos - Romeu e Julieta

"Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira".  (Romeu e Julieta - William Shakespeare)
   
     Romeu e Julieta é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira do dramaturgo William Shakespeare. É considerada uma das mais belas e trágica historias de amor de todos os tempos.
    O enredo passa-se em Verona, Itália, por volta do ano de 1500.
    A peça conta a trágica historia de amor entre dois jovens de famílias rivais, os Montecchios e os Capuletos. Independente desta rivalidade, Romeu e Julieta, filhos únicos destes poderosos clãs, se apaixonam e decidem lutar por este sentimento.
     Os amantes se conhecem em uma festa promovida pelo líder dos Capuletos, pai da jovem. Romeu, evidentemente, não foi convidado, mas acreditando estar apaixonado por Rosaline, uma das moças presentes no evento, se oculta sob um engenhoso disfarce e vai à celebração. Uma vez, porém, que ele se depara com Julieta, a imagem da outra garota desaparece de seu coração, e nele agora só há espaço para a jovem desconhecida. Logo depois os dois descobrem que pertencem a famílias que se odeiam.
       O amor de Romeu e Julieta é perseguido pelo fantasma da tragédia do começo ao fim, se iniciando com o assassinato do amigo de Romeu,  Mercúcio, provocado pelo primo de Julieta, Telbaldo, que acaba morto por Romeu como vingança, e finalizando com falho plano do frei para impedir o casamento de Julieta com París, ocasionando assim o suicídio dos jovens amante.
   Nesta história as lutas de espada, o disfarce, os equívocos, a tragédia, o humor e a linguagem da paixão simbolizam, no seu conjunto, o amor verdadeiro.
  Estes dois jovens tornaram-se com o tempo a emblemática dos jovens amantes que são condenados pelo seu amor.
Romeu: "Se minha mão profana o relicário, em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência."
Julieta: "Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente."
  
Minha Opinião:
  Esta tragédia shakespereana é rica em metáforas e possui um roteiro muito interessante.
  Mas na minha opinião a historia de dois jovens que mal se conhecem mais acabam por se apaixonar perdidamente e que por esse amor se suicidam, é realmente muito ilusório. Apesar desse amor irreal me agradei com a obra, pois ela não retrata apenas o amor entre dois jovens da Itália renascentista, mas também denuncia a hipocrisia, a sede do poder, os cruéis interesses económicos e todos os outros elementos que geram inevitavelmente uma intolerância que acaba condenando um sentimento nobre como o amor.

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