sexta-feira, 4 de março de 2011

O garoto no convés

   "Houve um breve silêncio, e confesso que até eu quase acreditei em suas palavras. Seria possível que eu fosse tão vitima daquela circunstância infeliz quanto qualquer um? Acaso seria solto sem mais nenhum ataque ao meu caráter e bom nome, e talvez até com uma carta de recomendação de uma pessoa investida de autoridade? Olhei para o policial, que se pôs a pensar um instante. A multidão, no entanto, percebendo que seu passatempo ia chegar ao fim e que o devido curso e o devido castigo seriam interrompidos, empunhou o cassetete no lugar dele."  O garoto no convés

   Em 1787  Bounty zarpou de Spithead, Reino Unido. William Bligh, tenente que navegara com o já imortalizado capitão James Cook, dirigia a viagem. Com ele, iam 45 homens, voluntários provavelmente encantados com a possibilidade de conhecer o enigmático Otaheite, como era chamado o Taiti. 
  Este livro é baseado em fatos reais, ele conta a historia do mais famoso motim que ocorreu em Bounty, e de como Blingn e mais 19 marinheiros foram jogados em alto mar em um pequeno barco com um providência de agua e comida escassas.
    Narrada do ponto de vista de John Jacob Turnstile, um adolescente órfão de catorze anos  de Porstmouth, sul da Inglaterra, que cuja única "família" que conhece é a dos meninos com que mora e o Sr. Lewis, um homem que o acolheu e que lhe da cama e comida, e que por isso o  obriga a sofrer todo tipo de exploração, inclusive a sexual.
   Porém dois dias antes do natal de 1787, o que tem inicio como apenas mais uma delinqüência resulta numa série de acontecimentos que mudarão sua vida para sempre. Para escapar da prisão, o jovem Turnstile, embarca às pressas num navio da marinha inglesa na função de criado do capitão.
  Turnstile vai aos poucos conhecendo os pitorescos marujos que, de modo geral, não perdem uma chance de lembra-lo de sua insignificância. Contudo, a proximidade constante do capitão lhe permite não apenas ficar a par das múltiplas intrigas a bordo, mas também estabelecer uma relação de crescente lealdade com seu chefe.
   Na tradição dos grandes romances de aventura marítima, a narrativa mergulha o leitor em detalhes da navegação e da rigorosa vida no mar, com suas superstições, disciplina rígida e brutais ritos de passagem.


Minha Opinião:

   A obra a primeira vista pode não ser uma das mais atraentes e nem motivadora, porém ao me aprofundar no enredo me vi envolvida em uma comovente historia de superação e amadurecimento.
  Quero enfatizar que por ser uma reconstituição histórica pode não ser tão empolgante quanto o esperado, porém acredito que o autor tenha feito uma eficaz junção de romance de formação, aventura marítima e reconstituição histórica.

Um pouco sobre o autor:
John Boyne (30 de abril de 1971) é um romancista Irlandês. Ensinou língua inglesa no Trinity College, e Literatura Criativa na Universidade de East Anglia, onde foi galhardoado com o prêmio Curtis Brown. Começou a escrever histórias aos 19 anos e teve o primeiro romance publicado dez anos depois. Trabalhou em uma livraria dos 25 aos 32 anos.

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